segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018


Os tropeiros Mirins
O

s tropeiros mirins, iniciam-se na profissão por volta dos 10 anos.

Eles são negociantes e o condutor da tropa usa “Chapelão” de Feltro Preto, cinza ou marrom, de abas viradas, camisa de cor similar ao chapéu de pano forte, capa ou manta, com uma abertura no centro, jogada sobre o ombro, botas de couro flexível, que chega até o meio da colcha, para proteção nos terrenos alagados, na mata em dias de chuva.

A alimentação dos tropeiros, era, constituída basicamente por,” Toucinho”, feijão, farinha, pimenta do “reino”, café, fubá e coité e um molho de vinagre com fruto cáustico, espremidos nos pousos, eles comiam feijão quase sem molho, com pedaços de carne de sol e toucinho (Feijão tropeiro), que era servido com farofa e couve picado.

Os tropeiros mirins, meninos de negócio, que compravam e vendiam alguns produziam em suas propriedades. Circulavam por infinitas trilhas e caminhos, subindo e descendo serra, atravessando rios e riachos, abasteciam os povoados de novidades, utensílios e variedades. Tinha até tropeiro mirim joalheiro, além de venderem de tudo um pouco, em muitos lugares os tropeiros mirins levam e traziam notícias e mensagens.

Os “Tropeirinhos” Circulavam de norte a Sul, de leste a oeste, quando as estradas de ferro eram sonho de consumo, em uma realidade rural, marcada por uma topografia com; serras, vales e montanhas. Foi em cima de lombo de mulas, que os tropeiros mirins, construíram o início do desenvolvimento da economia brasileira, por volta do século XVII. Começaram as primeiras viagens, cortando varia estados, principalmente nas regiões sul, sudeste, e nordeste.



Sebastião Gonsalves de Moraes