Os tropeiros Mirins
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tropeiros mirins, iniciam-se na profissão por volta dos 10 anos.
Eles
são negociantes e o condutor da tropa usa “Chapelão” de Feltro Preto, cinza ou
marrom, de abas viradas, camisa de cor similar ao chapéu de pano forte, capa ou
manta, com uma abertura no centro, jogada sobre o ombro, botas de couro flexível,
que chega até o meio da colcha, para proteção nos terrenos alagados, na mata em
dias de chuva.
A
alimentação dos tropeiros, era, constituída basicamente por,” Toucinho”,
feijão, farinha, pimenta do “reino”, café, fubá e coité e um molho de vinagre
com fruto cáustico, espremidos nos pousos, eles comiam feijão quase sem molho,
com pedaços de carne de sol e toucinho (Feijão tropeiro), que era servido com
farofa e couve picado.
Os
tropeiros mirins, meninos de negócio, que compravam e vendiam alguns produziam
em suas propriedades. Circulavam por infinitas trilhas e caminhos, subindo e
descendo serra, atravessando rios e riachos, abasteciam os povoados de
novidades, utensílios e variedades. Tinha até tropeiro mirim joalheiro, além de
venderem de tudo um pouco, em muitos lugares os tropeiros mirins levam e
traziam notícias e mensagens.
Os
“Tropeirinhos” Circulavam de norte a Sul, de leste a oeste, quando as estradas
de ferro eram sonho de consumo, em uma realidade rural, marcada por uma
topografia com; serras, vales e montanhas. Foi em cima de lombo de mulas, que
os tropeiros mirins, construíram o início do desenvolvimento da economia
brasileira, por volta do século XVII. Começaram as primeiras viagens, cortando
varia estados, principalmente nas regiões sul, sudeste, e nordeste.
Sebastião Gonsalves de Moraes
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